Hoje vi os espanhóis tomados pela situação caótica da greve.
O metrô ia funcionar pela manhã só até 9h30 e depois só retornaria de 17h até 21h. Então quem tinha que sair de casa tinha que ir logo. Assim sendo, lembrei dos terminais de ônibus de Fortaleza em um dia comum.
Foi embora toda a "classe" européia. Aquela calma esperando todos entrarem na hora da fila foi embora, e em seu lugar surgiram palavrões e empurrões. Gente brigando e se estressando para começar o dia. E a mulher com o carrinho de bebê, que num dia normal entraria tranquilamente no vagão, ficou do lado de fora enquanto todos entravam apressadamente.
Nessa hora fica difícil não questionar essa educação. Começo a refletir como é fácil ser civilizado com metrô pontual, médicos públicos, calçadas limpas e água de graça nos parques para você se refrescar quando quiser.
Como seria o nosso Brasil se pudéssemos ter tudo que se tem aqui na Europa? Como seríamos, nós brasileiros, se tivéssemos acesso a uma vida digna e a um mínimo necessário? Ainda teríamos o jeitinho brasileiro e o calor latino?
Como seria o nosso Brasil se pudéssemos ter tudo que se tem aqui na Europa? Como seríamos, nós brasileiros, se tivéssemos acesso a uma vida digna e a um mínimo necessário? Ainda teríamos o jeitinho brasileiro e o calor latino?
Civilidade se ensina na riqueza e na pobreza. Elegância não é sinônimo de luxo. Gentileza não é exclusividade do primeiro mundo. Eu conheci muita gente civilizada lá no Brasil. Ter educação é bom e melhor ainda é mostrar que continuamos educados quando os outros esquecem de ser.
Gabriela Nunes
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