Cresci com a falta de uma mãe, não falta da presença em si mas a falta da sua presença apenas. Falo da falta de poder conversar, pedir conselhos, conhecer quem foi esta pessoa que me educou por 7 anos. Eu ouvia o que diziam e pra mim isso sempre foi pouco. Ser mãe foi então a forma que tive de maior aproximação com ela. Assim como eu estudava nos livros de psicologia a minha mãe se fez presente em vários momentos quando eu fui mãe, quando eu repetia, sem pensar, suas mesmas ações e palavras com meus filhos. E nesses momentos, como magia, ela estava presente em mim. Ainda hoje eu faço isso e ainda hoje eu me admiro com isso. É espetacular. Então quanto mais eu sou mãe, mais eu tenho minha mãe por perto. E posso entender como ela pensava. Resolvi escrever aqui, pequenos pensamentos, meu e dos outros também, que mostram como eu sou e com o que eu concordo. Porque eu não quero que meus filhos não me conheçam. Quero que, um dia, quando eu não esteja mais aqui, eles entendam que tipo de mente era a minha e como eu construía meus valores. E tudo aquilo que eu tentei ensinar, errando e acertando, para eles.
Gabriela Nunes
Gabriela Nunes
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